Monday, May 30, 2005

O caderno acolchoado bordeaux

Estive a "tirar o pó" a um caderno onde costumava escrever as minhas inquietudes do momento. Isto deve ter sido em.. 2000, talvez. A escrita é um terror, mas também, não era isso que interessava. Passaram os anos da faculdade...e não saí do mesmo sítio.

A bebé está no quarto ao lado.
Parece estar feliz, porque consigo ouvir os seus risos inocentes e expansivos.
É nesse momento que reflito sobre o mistério que é a evolução do homem, do nascer à morte. São os sons indefinidos que do bebé saiem que me fascinam ainda mais. Como é que esses sons passado um tempo se tornam significados e significantes?
Tenho andado a pensar na vida ultimamente; especialmente num plano mais individual, mais virado para mim. O que realmente me interessa, o que realmente É.
Provavelmente será fruto da leitura que estou a seguir durante esta semana. JACK KEROUAC, um beat por natureza, mas que nunca se intitulou como tal e certamente nem chegou a saber qual o significado desse rótulo. Jack limitou-se a SER, e com todo o seu entusiasmo pela vida e por todos os que o rodeavam, aceitava desde o maior vagabundo ao mais intelectual burguês.
Foi ontem, salvo erro, que cheguei à decisão que tive. E é daquelas que não me lamento ter feito.
A seguir aos meus anos incansáveis na faculdade iria viajar pelo mundo, durante um ano, vivendo do trabalho que surgisse e dormindo sob telhado incerto.
Ao Sol, à chuva, ao frio e ao vento, com o objectivo de sempre ir mais além. Mas a grande decisão, a mais importante, ainda estou por decidir...
A questão permanece, martelando fortemente na minha cabeça, sem chegar a qualquer conclusão.

3 Comments:

Blogger m said...

não se passa ileso pelo kerouac. nem ele saiu ileso dessa imagem de heroi... ele só queria sossego! e nós também.

1:55 am  
Anonymous Anonymous said...

estás preparada para ir onde ele te pode levar?

4:14 am  
Anonymous Anonymous said...

necessario verificar:)

7:20 am  

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